Está com dúvidas? Nós podemos ajudar!
Conheça abaixo as principais perguntas sobre tratamentos e patologias urológicas. Basta clicar na pergunta para ver a resposta.
O que é?
As pedras nos rins são formadas por cristais presentes na urina que se agregam e formam o cálculo. A maioria (80%) tem um componente de cálcio. Também existem os cálculos sem o componente cálcico, como os de ácido úrico.
Sintomas
A clássica apresentação é uma dor de início súbito, intensidade severa, tipo cólica, localizada na região lombar, que se irradia para o abdome anterior, usualmente em um dos lados. Sintomas miccionais, como a sensação de que a bexiga não esvazia, podem estar associados. Podem ocorrer náuseas e vômitos. Cálculos localizados nos rins usualmente geram sintomas menos intensos, mas muitas vezes necessitam de tratamento. A cólica renal ocorre se houver a obstrução do ureter (canal que drena a urina do rim para a bexiga) por um cálculo.
Causas e fatores de risco
Vários são os fatores associados a este distúrbio, tais como:
Predisposição genética associada à doença;
Fatores ambientais, como o clima quente;
Obesidade;
Dieta rica em proteínas e sal;
Baixa ingestão de líquidos.
Algumas doenças adquiridas também favorecem a formação de cálculos, como:
Hiperparatireodismo (hormônio que regula o metabolismo do cálcio)
Doenças inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn.
Diagnóstico
Além da história clínica, normalmente típica, pode haver um pequeno sangramento na urina.
O diagnóstico definitivo é feito através de um exame de imagem. O melhor método, quando disponível e não houver contraindicação, é a tomografia computadorizada do abdome, que detecta a maioria dos cálculos. O ultrassom e o exame de Raios-X do abdome também podem ser úteis.
Prevenção
A prevenção na formação dos cálculos urinários baseia-se principalmente em uma mudança nos hábitos de vida, especialmente com o aumento da ingestão de água e de sucos naturais (preferencialmente os sucos cítricos, como de limão), diminuição do sal e de alimentos ricos em proteína animal, atividade física regular, perda de peso.
Tratamento
O tratamento pode ser clínico, com controle da dor, com o uso de medicamentos que auxiliam na eliminação espontânea do cálculo. Alguns casos necessitarão de abordagem urológica.
Atualmente existe uma variedade muito grande de opções cirúrgicas pouco invasivas e com excelente taxa de resolução.
A escolha do método a ser empregado é baseada na posição e no tamanho do cálculo e deve ser individualizada e discutida com o médico assistente.
HPB afeta cerca de 50% dos homens acima de 50 anos
O aumento benigno da próstata pode causar redução do jato urinário, esforço para iniciar a micção, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e necessidade de urinar várias vezes à noite.
A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma condição muito prevalente entre os homens. Essa alteração apresenta relação direta com o envelhecimento, presença de hormônios sexuais e genética. Cerca de 50% dos indivíduos acima de 50 anos terão HPB. Aos 90 anos, essa condição afeta cerca de 80% dos pacientes.
“Cerca de metade dos pacientes apresentará alguma queixa decorrente dessa doença, e aproximadamente 30% dos homens necessitarão realizar algum tipo de tratamento para HPB no decorrer de sua vida”
Através de perguntas direcionadas, definidas por questionários específicos, o urologista quantifica a gravidade da doença, permitindo com isso uma análise objetiva do impacto na qualidade de vida do paciente. Após o diagnóstico clínico, podemos lançar mão de alguns métodos para avaliação complementar, como ecografia, exames laboratoriais e urofluxometria. Toda essa sequência é realizada no intuito de obter uma avaliação global do paciente, auxiliando na escolha do melhor tratamento para cada caso.
Atualmente, diversas opções de tratamento estão disponíveis, desde modificações dos hábitos de vida até procedimentos cirúrgicos. A escolha do melhor tratamento é realizada individualmente, de acordo com a intensidade das queixas, tamanho da próstata e comorbidades do paciente.
No tratamento inicial, além de mudanças de hábito de vida, deve-se avaliar o uso de medicamentos. Esses são capazes de relaxar a saída da bexiga, reduzir o tamanho da próstata e inibir as contrações exageradas da bexiga. A escolha da medicação depende de vários fatores, sendo que, em determinadas situações, faz-se necessário o uso de mais de um remédio.
A resposta ao tratamento clínico deve ser avaliada no decorrer de semanas a meses, variando conforme o medicamento utilizado. Na falha dessa abordagem ou em caso de recusa do paciente, dispomos de alguns procedimentos cirúrgicos que visam a desobstruir a saída da bexiga (uretra prostática), permitindo um fluxo urinário facilitado e consequente melhoria dos sintomas.
Portanto, a avaliação urológica precoce e rotineira deve ser fortemente encorajada, pois o atraso no tratamento pode levar a sérias complicações, tornando cada vez mais difícil o tratamento desses pacientes. Além disso, esse atraso pode acarretar alterações irreversíveis no sistema urinário.
O que é?
É uma doença na qual as células prostáticas podem sofrer modificações moleculares e se multiplicarem de forma descontrolada, podendo avançar e atingir outros órgãos, localmente ou à distância.
Sintomas
Em geral, apresenta crescimento muito lento, podendo levar anos para causar algum problema mais sério. Nas fases iniciais, se apresenta silencioso, não causando nenhum sintoma específico. Com seu crescimento, pode causar sintomas urinários obstrutivos (diminuição do jato urinário, gotejamento após a micção, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, micção em dois tempos, retenção urinária) e/ou irritativos (aumento da frequência urinária, urgência, incontinência, aumento da frequência urinária noturna).
Ao crescer, o câncer de próstata pode acometer órgãos vizinhos, como a bexiga, ureteres ou reto, o que pode causar sintomas inespecíficos como dor pélvica, sangue na urina, inchaço escrotal, dor lombar e inchaço das pernas, quando os linfonodos da pelve e abdome estão bastante comprometidos.
Causas
As reais causas do câncer de próstata ainda são desconhecidas. Entretanto, já se sabe que ele é originado de desequilíbrios genéticos que causam alterações moleculares responsáveis pelo seu desenvolvimento. Fatores ambientais podem estar também envolvidos, desencadeando ou acelerando esse processo.
Fatores de risco
Todos os homens apresentam risco potencial de desenvolver câncer de próstata quanto mais se vive – ou seja, quanto mais idoso, maior o risco. Muitas vezes, entretanto, a doença segue um curso indolente, não sendo diagnosticada. Alguns grupos apresentam maior risco para desenvolvimento da doença: aqueles com parentes de primeiro grau que tiveram a doença e os indivíduos da raça negra.
Existe uma suspeita, ainda não confirmada, da associação de dietas ricas em gordura animal e obesidade com câncer de próstata mais agressivos.
Diagnóstico
Como inicialmente não há sintomas, é sugerido que todos os homens a partir dos 50 anos sejam avaliados anualmente através do toque retal e de dosagens sanguíneas de PSA, para o diagnóstico da doença. Aqueles com história de câncer de próstata na família (pai, irmãos, tios) e da raça negra devem iniciar essa avaliação aos 45 anos, devido ao maior risco associado.
Nas fases mais avançadas da doença, o diagnóstico pode ser suspeitado pela presença dos sintomas já descritos.
Prevenção
O termo “prevenir a doença”, quando utilizado, refere-se a uma série de medidas que visam na verdade a fazer um diagnóstico precoce da doença, detectá-la em estágios iniciais, o que aumenta muito as chances de cura – já que não há prevenção propriamente dita.
Tratamento
Dependerá do estágio da doença (localizado, localmente avançado ou avançado), da idade e das condições clínicas do paciente.
Naqueles com doença inicial, localizada na próstata, incluem-se como opções a vigilância ativa (apenas acompanhar a evolução do quadro), a cirurgia (prostatectomia radical, ou seja, a retirada da próstata) e a radioterapia (externa ou braquiterapia). Nos casos de doença localmente avançada, cirurgia e radioterapia são as opções objetivando a cura do paciente.
Nos casos avançados, o tratamento tem intenção paliativa, podendo-se optar por terapia de ablação hormonal e quimioterapia, associadas ou não a procedimentos cirúrgicos para aliviar o fluxo urinário e medicações para proteção óssea.
O que é?
A disfunção erétil (DE) ou impotência sexual é a incapacidade persistente de obter e/ou manter uma ereção peniana o suficiente para a penetração ou para o término do ato sexual satisfatoriamente.
Sintomas
É uma doença autodescritiva, ou seja, o próprio paciente relata as suas dificuldades durante o ato sexual. As histórias médica e sexual são importantes na avaliação global.
Causas
Uma vez definida como disfunção erétil, existem a de natureza psicogênica e a de natureza orgânica, embora a maioria dos pacientes apresente componentes de ambas.
Essa diferença pode ajudar a decidir sobre a intervenção de outro profissional ou a necessidade de realizar outros métodos diagnósticos mais especializados. É preciso saber se o problema teve início súbito ou gradual, intermitente e/ou permanente.
Fatores de risco
Os fatores de risco que mais frequentemente estão relacionados com a DE são a diabetes melito e as doenças cardiovasculares. Outros fatores estabelecidos incluem: idade, tabagismo, aterosclerose, trauma pélvico ou perineal/cirurgia pélvica, endocrinopatias, hipertensão arterial, depressão, doenças neurológicas e drogas recreacionais, medicamentos anti-hipertensivos e antidepressivos e as dislipidemias.
Diagnóstico
Além da história médica e sexual, deve ser realizado exame físico de forma completa (toque retal, pressão sanguínea, distribuição de pelos e gordura pelo corpo, ginecomastia, exame genital), uma vez que pode revelar causas diretas de disfunção erétil, comorbidades e outras doenças relevantes. Exames laboratoriais são solicitados conforme a queixa clínica.
A disfunção erétil pode ser sintoma de outros problemas de saúde.
Prevenção
Mudança de estilo de vida e hábitos sociais do indivíduo, como alcoolismo, sedentarismo e obesidade. Além de procurar identificar a existência de outras doenças que possam estar relacionadas com a disfunção erétil.
Tratamento
Clínico e cirúrgico. O tratamento clínico consiste em psicoterapia, drogas orais (inibidores da fosfodiesterase tipo 5), drogas intracavernosas, bomba de vácuo. Tratamento cirúrgico consiste basicamente em implante de prótese peniana.
Hormônio masculino só deve ser reposto quando há sua baixa. Caso contrário há mais riscos que benefícios
O que é testosterona?
A testosterona é um andrógeno (hormônio masculino) produzido preferencialmente nos testículos e responsável pela diferenciação sexual (características próprias ao sexo).
“Seu declínio está relacionado às alterações físicas e psíquicas nos homens, associado ao envelhecimento”
Qual a ação da testosterona?
Tradicionalmente está relacionada ao desejo sexual masculino e à potência sexual, mas também tem atuação em diversos órgãos e sistemas no organismo. Seu declínio está relacionado às alterações físicas e psíquicas nos homens, associado ao envelhecimento.
Qual a importância da testosterona na fertilidade masculina?
A testosterona é um hormônio fundamental no processo de produção (espermatogênese) e amadurecimento dos espermatozoides.
Posso tomar testosterona para ficar mais fértil?
Não. Eis o motivo:
A hipófise, em resposta ao estímulo do GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofinas), produz LH (Hormônio Luteinizante) e FSH (Hormônio Foliculoestimulante), os quais estimulam os testículos a produzirem testosterona e espermatozoides. Em contrapartida, os níveis de testosterona inibem a produção de FSH e LH. Dessa forma, se você usar testosterona exógena (qualquer forma de utilização do hormônio – gel, injeções, comprimidos etc.), isso causará um aumento além do normal dos níveis do hormônio no sangue, parando a produção natural de hormônio e dos espermatozoides – o que chamamos de bloqueio hipofisário. Esse bloqueio impede a produção de espermatozoides e compromete a fertilidade. Por esse motivo é que não se deve usar testosterona como tratamento de infertilidade masculina.
Em quais casos é indicada a reposição hormonal com testosterona?
O uso da testosterona tem somente uma indicação, que é naquele indivíduo que tem sinais de hipogonadismo (baixa do hormônio) e confirmação laboratorial que os níveis de testosterona estão baixos. Caso contrário, existem mais riscos que benefícios.
O HPV (Papilomavírus Humano) está associado às verrugas, independentemente de onde elas se localizem.
Há cerca de 40 anos passou-se a relacionar o HPV ao câncer genital, notadamente o do colo do útero. Na imensa maioria das vezes, a transmissão se faz por contato sexual.
“… é fundamental que as pessoas, tanto os meninos quanto as meninas, sejam vacinadas antes de iniciarem a atividade sexual”
Como o vírus permanece imperceptível no organismo humano por muitos meses ou até anos, existe o risco de transmissão, seja no homem, seja na mulher. Na dependência do estado imunológico da pessoa, o vírus pode ser eliminado do corpo ou até se multiplicar, levando a doenças a ele relacionadas, sendo a mais grave o câncer.
O homem exerce um inegável papel de transmissor do vírus, o que aumenta a chance de câncer de colo uterino nas suas parceiras sexuais.
Quanto mais precocemente se inicia a vida sexual de um indivíduo e na relação direta do número de parceiros com os quais ele mantenha estas relações, a incidência de doenças causadas pelo HPV passa a aumentar significativamente.
Mesmo o uso de camisinha, importantíssimo na prevenção das mais diversas DSTs, não assegura 100% de proteção contra o vírus, pois as áreas perigenitais expostas e em contato direto com a do parceiro contaminado podem ser palco de doenças, sobretudo as verrugas. Ainda assim, o preservativo é uma ferramenta poderosa na prevenção de doenças outras transmitidas pelo sexo e não se deve esquecê-lo nessas circunstâncias.
Hoje, graças ao avanço das pesquisas científicas em países desenvolvidos, contamos com vacinas que visam a prevenir as infecções pelo HPV e, consequentemente, o câncer genital, anorretal e da laringe, principalmente.
Com esse intuito, é fundamental que as pessoas, tanto os meninos quanto as meninas, sejam vacinadas antes de iniciarem a atividade sexual. Quanto mais cedo receberem a vacina, tanto mais protegidas elas se tornarão.
Dosagem da vacina
O ideal seriam três doses, com intervalos de dois e seis meses, respectivamente, além de uma dose de reforço cinco anos após a primeira. Porém, os esquemas disponíveis com duas doses também são suficientes para proteger as pessoas contra o HPV, como tem sido preconizado pelo Ministério da Saúde no Brasil.
A vacina também é válida para aqueles indivíduos já infectados pelo vírus e que cursam com recidivas, embora a sua eficácia não seja comparada à oferecida àquelas pessoas vacinadas de forma mais tenra.
É relevante e fundamental que se frise a necessidade imperiosa do uso da camisinha por pessoas já vacinadas contra o vírus, pois não podemos esquecer que outras dezenas de doenças podem ser transmitidas pelo sexo. E ainda não há vacinas contra elas.
Resultados precisam ser avaliados por urologista para verificar a necessidade de tratamentos de reprodução assistida
Buscando formar ou aumentar a família, o casal se submete a vários exames para checar sua fertilidade e programar a vinda de um bebê. Neste cenário, muitos casais se deparam com um espermograma anormal. E agora? Não poderão ter filhos?
“(…) 25% dos pacientes que têm resultados normais de espermograma não conseguem engravidar a parceira por causas que precisam ser investigadas”
Um resultado alterado no espermograma não é sinônimo de que um homem não possa ser pai. Alguns tratamentos de reprodução assistida podem tornar possível o sonho da paternidade. Para isso, é fundamental que, frente a uma alteração no espermograma, o homem procure um urologista que atue nessa área para avaliar os resultados e indicar se há tratamentos que possam auxiliar esse casal. Até porque 25% dos pacientes que têm resultados normais de espermograma não conseguem engravidar a parceira por causas que precisam ser investigadas.
Primeiro passo
Primeiramente o urologista realiza o diagnóstico do problema. O diagnóstico é baseado no resultado do espermograma e exames adicionais, quando necessário, anamnese e exame físico.
Dependendo da patologia diagnosticada, irá sugerir tratamentos cirúrgicos ou clínicos. Por exemplo: se o espermograma apontou baixa quantidade de espermatozoides, é necessário verificar se a causa é hormonal, cujo tratamento é medicamentoso, ou em virtude de varicocele (varizes nos testículos) – que tem tratamento cirúrgico.
Em alguns casos em que não se aplicam tratamentos cirúrgicos ou com remédios, a alternativa é recorrer aos tratamentos de reprodução assistida. Aqui, a investigação se estende ao casal para a indicação da melhor técnica de acordo com a saúde de ambos.
É a perda de urina que você não consegue controlar. Muitos homens e mulheres sofrem de incontinência urinária. Não se sabe ao certo quantos, porque muitas pessoas não contam a ninguém sobre seus sintomas por se sentirem envergonhadas ou ainda por acharem que nada pode ser feito para tratar o problema. Por isso, elas sofrem em silêncio.
A incontinência urinária não é somente um problema físico. Ela pode afetar aspectos emocionais, psicológico e a vida social das pessoas. Muitos que têm essa condição têm medo de fazer suas atividades diárias normais para evitar expor o seu problema. Eles não podem ficar muito longe de um banheiro e evitam aglomerações de pessoas. Portanto, a incontinência urinária impede que as pessoas aproveitem a vida.
Muitas pessoas acham que a incontinência urinária é um problema normal que surge com o envelhecimento. Mas isso não é verdade. E a incontinência urinária pode ser controlada e tratada. Converse com um urologista e descubra qual é a melhor opção de tratamento para você.
Quais são os fatores de risco?
Muitas situações podem aumentar o risco de incontinência urinária, por exemplo: idade, gestações, tipo de partos (normais mais que cesáreas) e número de partos. Nas mulheres o problema tende a aumentar após a menopausa e nos homens acima de 50 anos também, com o surgimento dos problemas de próstata. Doenças como diabetes, derrames (acidente vascular cerebral) e obesidade também se associam à maior incidência de incontinência urinária.
Quais são os tipos de incontinência urinária
Incontinência urinária de esforço: é a perda de urina que ocorre ao tossir, espirrar, caminhar, correr, pular. Ocorre quando os músculos do assoalho pélvico (músculos que cobrem a cavidade inferior da bacia e sustentam os órgãos que estão no abdome) são forçados durante esforço físico e se tornam enfraquecidos ou alongados demais. Isso leva a perdas urinárias em episódios, podendo ocorrer em gotas ou em grande quantidade. Não existem medicamentos para esse tipo de incontinência urinária e as recomendações de tratamento estão na fisioterapia e na cirurgia.
Incontinência urinária de urgência: é a perda de urina associada a um desejo súbito e urgente de urinar, que ocorre porque o indivíduo não consegue chegar ao banheiro a tempo. É o que ocorre na bexiga hiperativa, uma situação na qual o músculo detrusor (músculo que forma a bexiga urinária) se contrai involuntariamente mesmo se a bexiga não estiver cheia. Muitas vezes a pessoa tem que urinar com muita frequência e em algumas vezes a urina escapa antes de chegar à toalete. Essa condição pode ser tratada de diversas maneiras, incluindo medicamentos, estímulos elétricos com equipamentos de fisioterapia, uso de toxina botulínica e implantes de estimulares elétricos nas raízes nervosas.
Incontinência urinária mista: algumas pessoas têm os dois tipos de incontinência urinária, ou têm sintomas que podem ser dos dois tipos e chamamos esta condição de incontinência mista. Algumas vezes são necessários exames mais específicos, chamados exames urodinâmicos, que ajudam a ter um diagnóstico preciso para escolher o melhor tratamento.
Incontinência urinária paradoxal: ocorre quando a bexiga está extremamente cheia e a perda urinária ocorre por uma espécie de transbordamento; o problema nesse caso é a incapacidade de esvaziamento da bexiga, mas o sintoma é a perda de urina. É o que ocorre em pessoas que perdem a sensibilidade da bexiga e não percebem que ela está cheia. Ou ainda em pessoas com obstrução crônica, como nos homens com crescimento da próstata. Nesse caso o tratamento consiste em melhorar o esvaziamento da bexiga.
Se você acha que pode ter incontinência urinária, procure um urologista e faça uma consulta. A maioria dos casos tem solução – que pode até ser muito simples.
A fimose é a incapacidade – ou apenas uma dificuldade, em diversos graus – para retrair o prepúcio, que é a pele que recobre a glande ou a “cabeça” do pênis. A parafimose é uma complicação da fimose e ocorre quando o indivíduo portador de algum grau de fimose consegue expor a glande, mas não consegue recobri-la, isto é, trazê-la de volta à posição original, e isto se configura uma emergência urológica, pois dificulta o fluxo sanguíneo no local, causando edema e dor.
“Diagnósticos diferenciais de fimose são o excesso de pele no prepúcio, que o paciente e/ou os pais costumam confundir com fimose, mas que, embora o aspecto sugira algum problema, o paciente não apresenta nenhuma dificuldade de retração prepucial”
No consultório do urologista, a fimose é queixa frequente e ocorre em todas as idades, sendo mais comum na infância. No adulto previamente normal, a fimose pode ocorrer como sequela de processos inflamatórios repetitivos e crônicos de diversas causas (diabetes, por exemplo) e até cicatrizações de traumas diretos no pênis, embora estes sejam menos frequentes.
Diagnósticos diferenciais de fimose são o excesso de pele no prepúcio, que o paciente e/ou os pais costumam confundir com fimose, mas que, embora o aspecto sugira algum problema, o paciente não apresenta nenhuma dificuldade de retração prepucial. E as balanopostites, que são as infecções da glande e do prepúcio e que podem causar alguma dificuldade temporária para se retrair a pele e expor a glande, pelo intenso processo inflamatório.
O tratamento da fimose pode ser clínico ou cirúrgico. Em casos mais leves, pode-se tentar tratamento com pomada oleosa à base de corticoides de baixa potência por tempo não muito prolongado.
Balanopostite
A balanopostite é o processo inflamatório mais frequente que ocorre no pênis. É uma inflamação conjunta da glande e prepúcio (balanite é inflamação da glande; postite é inflamação do prepúcio).
A causa mais comum é uma infecção fúngica aguda causada pela candida albicans. Não é considerada uma doença sexualmente transmissível, pois pode-se desenvolver sem a realização de penetração, embora o casal possa compartilhar a cândida durante o ato sexual. Adicionalmente, o paciente pode apresentar balanopostites bacterianas agudas primárias ou como uma superinfecção bacteriana sobre uma infecção fúngica inicial.
Indivíduos de meia idade e idosos que apresentam balanopostite aguda devem sempre ser investigados para diabetes mellitus, visto que a infecção genital por fungos é a alteração mais comum no homem diabético que ainda não recebeu este diagnóstico.
O tratamento da balanopostite aguda consiste em cremes tópicos. Jamais deve-se utilizar associações em cremes que contenham corticoides fluorados de alta potência por períodos prolongados ou como automedicação, pois estes causam atrofia e fragilidade da pele do pênis, com fácil ruptura durante o ato sexual e infecção nestes pequenos cortes, e até processo inflamatório persistente mesmo sem infecção.
Eventualmente, em casos de balanopostites de repetição e nas infecções urinárias do lactente, a cirurgia de postectomia deve ser indicada, mesmo na ausência de fimose.
A consulta urológica é a melhor forma de esclarecer, diagnosticar e tratar as alterações penianas resultantes de processos inflamatórios.
Vasectomia é uma cirurgia que visa a contracepção, ou seja, impedir a gravidez da parceira, através da ligadura dos canais deferentes, que são os condutos por onde passam os espermatozoides.
Como é feita a vasectomia?
A vasectomia é realizada em regime ambulatorial, sem internação, com anestesia local/sedação, através de duas pequenas incisões em cada lado da bolsa testicular.
Vasectomia faz mal?
Não. Existem vários mitos sobre possíveis malefícios da vasectomia relacionando a mesma com várias doenças.
Vasectomia engorda?
Não. A vasectomia é apenas a ligadura dos condutos deferentes e não castração, portanto, nada tem a ver com aumento de peso.
Vasectomia diminui a libido (desejo sexual) ou causa impotência sexual?
Não. O bloqueio dos canais deferentes impede apenas a passagem dos espermatozoides, não interferindo na produção hormonal, não tendo, portanto, nenhuma relação com alteração da libido ou do desempenho sexual, apenas com a reprodução.
Vasectomia causa câncer?
Apesar de alguns estudos tentarem relacionar a vasectomia ao câncer, principalmente de próstata e testículo, e isto ser de grande relevância entre os pacientes candidatos ao procedimento, esses fatos nunca foram confirmados, e sim descartados, por outras centenas de estudos de várias instituições.
Os espermatozoides que não são eliminados vão se acumulando dentro dos testículos?
Não. Os espermatozoides que não são eliminados, em pacientes vasectomizados, morrem e são absorvidos depois de um determinado tempo, sem nenhum prejuízo para a saúde.
A parceira pode engravidar após a vasectomia?
Sim, pois todos os espermatozoides que estão após a área onde foi feita a ligadura dos ductos deferentes são viáveis, devendo ser eliminados por ejaculação. Mas, uma vez feito o exame de espermograma e confirmada a ausência de espermatozoides, o paciente está apto a ter atividade sexual sem necessidade de métodos anticoncepcionais.
A vasectomia leva à diminuição dos testículos ou do pênis?
Não há modificação no tamanho da genitália dos pacientes submetidos a vasectomia.
Em resumo, a vasectomia é um método cirúrgico de contracepção, de fácil realização em mãos urológicas experientes, com baixos índices de complicações, sem registros comprovados de riscos para a saúde masculina.