Com o início da vida sexual o jovem se depara com uma série de responsabilidades e escolhas que podem repercutir por toda a sua vida. As principais preocupações, tanto dos pais e profissionais da saúde quanto dos próprios jovens, são a exposição a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e a gravidez indesejada.

Nas últimas décadas, com a melhora no tratamento para o HIV, mesmo sem a cura, a maioria dos pacientes infectados passaram a apresentar menos sintomas e repercussões da doença. Com isso a preocupação com o uso de preservativo tanto masculino quanto feminino diminuiu e, por esse ser o principal método para a prevenção das ISTs, temos observado um grande aumento no número de casos.

As principais doenças são:

– HIV,

– sífilis,

– uretrites (popularmente conhecida como gonorreia),

– HPV (responsável pelas verrugas genitais e maior risco de neoplasia), entre outras.

Os sintomas das ISTs são variáveis, causando desde pequenas alterações genitais quase imperceptíveis até graves sequelas. O jovem deve estar atento para o surgimento de sintomas como dor ao urinar, secreção pela uretra (purulenta ou tipo clara de ovo), úlceras e feridas genitais (com ou sem dor), verrugas e até a dor testicular, resultado da inflamação/infecção do testículo e das estruturas vizinhas muito associada às ISTs.

As ISTs podem ser assintomáticas e mesmo assim ser transmitidas pelo ato sexual sem preservativo, podem ficar anos sem causar sintomas ou levar a sequelas apenas em longo prazo. Elas podem causar infertilidade (impossibilidade de ter filhos), aumento do risco de câncer de colo do útero e até mesmo sequelas para o feto, caso uma gravidez ocorra.

O sexo desprotegido expõe o jovem às doenças independentemente da forma como o sexo é praticado, com transmissões acontecendo pelo sexo oral, anal ou vaginal.

Gravidez indesejada

Outro aspecto importante a ser considerado é a possibilidade de gravidez em um período da vida no qual o adolescente é, em grande parte, dependente dos familiares. A gravidez, sem o devido planejamento familiar, pode prejudicar a formação educacional, forçar o jovem a iniciar precocemente no mercado de trabalho, impedindo muitos de realizarem seus objetivos profissionais e de vida.

O descobrimento da sexualidade e dos riscos que essa nova etapa traz consigo não pode ser ignorado, muito menos tratado como tabu. O uso do preservativo não pode ser dispensado nunca – ISTs não escolhem classe econômica, religião ou cor – e seu uso protege o jovem, sua parceira e seu futuro.

Fonte: Portal SBU – Sociedade Brasileira de Urologia

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